terça-feira, 15 de junho de 2010

Dois homens mais ricos do mundo vão doar R$ 180 milhões para saúde (Danuza Peixoto)

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS




Os dois homens mais ricos do mundo se aliaram ao governo da Espanha para doar US$ 150 milhões (R$ 270 milhões) para combater desnutrição, dengue, malária e outros problemas de saúde no México e na América Central, região chamada de Mesoamérica.

As fundações mantidas pelo co-fundador da Microsoft Bill Gates e pelo magnata mexicano das telecomunicações Carlos Slim vão doar US$ 50 milhões (R$ 90 milhões) cada uma para a Iniciativa de Saúde na Mesoamérica 2015, que prevê o investimento do montante total nos próximos cinco anos.

Slim tomou o lugar de Gates no começo deste ano na lista dos mais ricos do mundo. Gates agora é o segundo.

O governo da Espanha vai contribuir com os restantes US$ 50 milhões.

Gates, Slim e o presidente mexicano, Felipe Calderon, anunciaram a iniciativa em entrevista coletiva nesta segunda-feira.

"Estou muito emocionado por formar uma sociedade com o Instituto Carlos Slim. É realmente a primeira sociedade que formamos, mas estou certo de que não será a última", disse Bill Gates, na Cidade do México.

O programa também inclui reduzir a mortalidade infantil e ajudar as campanhas de vacinação em oito países na região.

Os projetos serão desenhados e executados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelos governos da região.

Os projetos se concetrarão principalmente em crianças e mulheres, que representam cerca de 20% da população mais pobre dos dez países que formam a região.

A iniciativa público-privada deve "beneficiar mais de dez milhões de pessoas que sofrem a ameaça constante de morrer por causas que podem ser evitadas", disse Calderon.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Saiba mais sobre o Quirguistão (Danuza Peixoto)

Um país de centro da Ásia, a maior parte do Quirguistão foi formalmente anexada à Rússia em 1876. Os quirguizes organizaram uma grande revolta contra o Império Czarista em 1916, que dizimou quase um sexto da população quirguiz. O Quirguistão tornou-se uma república soviética em 1936 e conquistou independência em 1991, com a dissolução da União Soviética.

Manifestações em todo o país em 2005 levaram à expulsão do presidente Askar Akaev, que governava o país desde 1990. As eleições de julho de 2005 foram ganhas com grande margem pelo ex-primeiro-ministro Kurmanbek Bakiev. Nos anos seguintes, o novo presidente manipulou o Parlamento para ampliar seus próprios poderes.

Arte/Folha Online



Em julho de 2009, após meses de assédio contra opositores e críticos na imprensa, Bakiev foi reeleito em um pleito considerado fraudulento pela comunidade internacional.

Em abril de 2010, protestos em todo o país levaram à renúncia e expulsão de Bakiev, que foi substituído interinamente pela presidente Roza Otunbaieva, e que convocou eleições para dali a seis meses

País pobre e montanhoso, o Quirguistão tem uma economia altamente baseada na agricultura, sendo seus principais produtos o algodão, tabaco, lã, e carne --mas só tabaco e algodão são exportados em grande quantidade.

Saiba mais sobre o país

Nome: Quirguistão

Capital: Bishkek

Forma de governo: República

Divisão: sete Províncias

População: 5.508.626

Área: 199.951 quilômetros quadrados

Idioma: quirguiz (64.7%) [oficial], uzbeque (13,6%), russo (12,5%) [oficial], dungun (1%), outros (8,2%)

Moeda: som

Grupos étnicos: quirguizes (64,9%), uzbeques (13,8%), russos (12,5), dungan (1,1%), ucranianos (1%), uigures (1%), outros (5,7%)

Religião: muçulmanos (75%), ortodoxos russos (20%), outros (5%)

Produto Interno Bruto: US$ 5,05 bilhões (dados de 2008) [R$ 9,09 bilhões]

Renda per capita anual: US$ 2.100 (estimativa para 2009) [R$ 3.780]

Taxa de desemprego: 18% (estimativa em 2004)

População abaixo da linha da pobreza: 40% (estimativa em 2004)

Usuários de internet: 850 mil (2008)

Expectativa de vida ao nascer: 69,74 anos

FONTE: CIA FACTBOX

domingo, 13 de junho de 2010

Brasil deve cortar pobreza à metade até 2014

da Folha.com
Mantida a tendência de crescimento médio da economia no governo Lula, o Brasil cortará à metade o número de pessoas pobres até 2014.

O total cairá de 29,9 milhões para cerca de 14,5 milhões, o equivalente a menos de 8% da população, informa reportagem de Fernando Canzian publicada na Folha deste domingo (exclusivo para assinantes do jornal e do UOL).

Nos anos Lula, até a crise de 2009, o número de pobres (pessoas com renda familiar per capita mensal até R$ 137,00) caiu 43%, de 50 milhões para 29,9 milhões.

Hoje, a velocidade da queda do número de pobres é ainda maior, de cerca de 10% ao ano, segundo cálculos do economista Marcelo Neri, chefe do Centro de Pesquisas Sociais da FGV-Rio.

"Estamos entrando em um processo de redução da desigualdade mais forte do que no período entre 2003 e 2008", afirma Neri.



Outros especialistas ouvidos pela Folha concordam com essas previsões, consideradas realistas ante a tendência dos últimos anos.

Consideram também viável o país manter um ritmo de crescimento até maior do que a média dos últimos anos. A previsão de crescimento para 2010, por exemplo, já varia entre 6,5% e 7,5%.

A diminuição do número de pobres e a ascensão de 32 milhões de brasileiros às classes ABC entre 2003 e 2008 esteve relacionada, principalmente, ao aumento do emprego formal e da renda do trabalho, à política de valorização do salário mínimo e aos programas sociais, como o Bolsa Família.