quinta-feira, 15 de setembro de 2011

De 2004 a 2009, desigualdade entre brasileiros caiu e renda subiu, diz Ipea (Postado por Erick Oliveira)

De 2004 a 2009, a desigualdade na distribuição de renda entre os brasileiros, medida pelo coeficiente de Gini, diminuiu 5,6% e a renda média real subiu 28%, aponta estudo divulgado nesta quinta-feira (15) pelo Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (IPEA).
De acordo com o comunicado “Mudanças Recentes na Pobreza Brasileira”, a evolução na distribuição de renda foi, em grande parte, motivada pelo crescimento econômico e a geração de empregos. “Também contribuíram as mudanças demográficas e o lento aumento da escolaridade da população adulta. Mas a grande novidade foi a transformação da política social em protagonista dos processos de mudança, por meio dos aumentos reais do salário mínimo, e da expansão das transferências focalizadas de renda”, diz
Nesse intervalo de tempo, a parcela da população brasileira vivendo em famílias com renda mensal igual ou maior do que um salário mínimo per capita subiu de 29% para 42%, passando de 51,3 a 77,9 milhões de pessoas, aponta o comunicado. “Mas, em 2009, a despeito do ganho de bem-estar do período, ainda havia 107 milhões de brasileiros vivendo com menos do que R$ 465 per capita mensais”, ressalta o relatório.
Usando os valores para os benefícios do Programa Bolsa Família (PBF) quando criado, essas pessoas foram divididas no estudo em três estratos de renda: os extremamente pobres, que, em 2009, tinham renda até R$ 67 mensais; os pobres, com renda entre R$ 67 e R$ 134; e os vulneráveis, com renda entre R$ 134 e R$ 465.
O estudo aponta que a renda do núcleo remanescente de extremamente pobres passou a ser quase integralmente composta pela renda do trabalho remunerado a menos de um salário mínimo e pelas transferências do Programa Bolsa Família. Essas, de 2004 a 2009, passam de 15% a 39% da média do estrato.
“As principais mudanças no perfil da pobreza brasileira no período 2004-2009 foram direta ou indiretamente relacionadas à elevação do bem-estar na dimensão representada pela renda domiciliar per capita, pois, em outras dimensões, a evolução não teve a mesma intensidade”, conclui o comunicado. “A política social teve papel central nessas mudanças, por meio dos aumentos reais do salário mínimo e da expansão da cobertura e do valor das transferências focalizadas de renda.”

terça-feira, 13 de setembro de 2011


 
Com 46,2 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza em 2010, os Estados Unidos atingiu o seu pior índice desde 1958, quando as pesquisas sobre o tema começaram a ser registradas. O anúncio foi feito pelo próprio escritório de estatística do governo e apresentou a quarta alta consecutiva – em 2009 o número era de 43,6 milhões. O valor é o equivalente a 15,1% dos estadunidenses. A avaliação no país leva em conta todas as famílias (com ao menos quatro membros) que possuam renda anual abaixo de US$ 22.314, ou renda de US$ 11.139 para apenas uma pessoa. Outro dado de relevância divulgado é o número de norteamericanos que não possuem cobertura médica – quase um milhão a mais que em 2009. Na época eram 49 milhões contra 49,9 milhões em 2010.  
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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Centenas morrem diariamente de fome na Somália, diz ONU (Postado por Erick Oliveira)

A fome se espalhou para seis das oito regiões no sul da Somália, e 750 mil pessoas enfrentam iminente estado de fome, disse a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta segunda-feira (5), enquanto centenas de pessoas estão morrendo diariamente apesar do aumento na ajuda humanitária.

'Toda a região de Bay foi declarada uma área em estado de fome', disse Mark Boden, coordenador de ajuda humanitária da ONU para a Somália.

Bay é a sexta região na Somália a escorregar à condição de fome desde a declaração inicial das Nações Unidas sobre a crise no país, em julho. A Somália, assolada pela guerra, tem mais de 4 milhões de pessoas, o equivalente a 53% da população, incapacitadas de cumprir com suas necessidades alimentares.

Centenas de pessoas estão morrendo diariamente e ao menos metade são crianças, disse Grainne Moloney, da ONU, acrescentando que esperava que o restante das regiões no sul da Somália escorregaria ao estado de fome até o final deste ano.

As agências de ajuda humanitária só conseguiram entregar alimentos para 1 milhão daqueles em necessidade porque o grupo rebelde Al Shabaab, filiado à al Qaeda e que controla grande parte da região sul do país, não permitiu a entrada das entregas de alimentos.

'O índice de subnutrição (entre crianças) na região de Bay é de 58 por cento. Esse é um índice recorde de subnutrição aguda', disse Moloney, analista chefe da Unidade de Análise em Segurança Alimentar e Nutrição da ONU.

A fome existe onde ao menos 20 por cento das famílias não têm acesso a alimentos suficientes, mais de 30 por cento estão com subnutrição aguda e duas pessoas em cada 10 mil morrem diariamente, segundo dados da ONU.

O Chifre da África tem sofrido a pior seca em décadas, que afetou partes do Quênia, Etiópia, Djibouti e até a Uganda.